Chegamos a 2022 e com ele chegou novamente o momento de maior comoção brasileira: a Copa do Mundo. A tradicional rivalidade entre times acaba e todos se unem para torcer e comemorar em uníssono as goleadas da seleção nacional.
Mas vocês já pararam para analisar o quão interessante é a dinâmica sonora gerada pelos jogos do Brasil? Nas filmagens do cinegrafista Claus Wahlers em São Paulo, percebe-se que, durante os jogos, uma cidade que normalmente é muito ruidosa, transforma-se em silêncio. Porém, após um gol da seleção brasileira, é seguida de euforia, buzinas, vuvuzelas e apitos. Quase como uma sinfonia. Caótica.
E se isso ocorre nas ruas, como será a acústica no interior e até mesmo próxima aos estádios durante os jogos?
A acústica dos estádios da Copa do Mundo
Somente com os ingressos para os jogos de futebol, esses projetos multimilionários não teriam retorno financeiro. Mesmo que muitos não se atentem aos detalhes construtivos das arenas durante as transmissões, é necessário lembrar que esses espaços são palcos tanto de eventos esportivos quanto shows e espetáculos.
Por isso, assim como um palco musical, as arenas também possuem necessidade de tratamento acústicos. Seja pela reverberação em eventos internos quanto para controlar a propagação de ruído na comunidade próxima.
O impacto dentro dos estádios
A torcida possui um papel tão importante durante as partidas que podem ser consideradas o décimo segundo jogador em campo. É o barulho que a torna feroz. E para ajudar a torcida, grande parte dos estádios são projetados para serem verdadeiros caldeirões, rebatendo o ruído da torcida diretamente para o campo.
No entanto, espaços como a zona mista, local em que os atletas ficam antes de entrarem em campo e onde estão em contato com os jornalistas, possuem tratamento acústico diferenciado para controlar o excesso de reverberação. Imagine um local lotado de jornalistas falando ao mesmo tempo com os atletas,ninguém entenderia nada.
O ruído na comunidade
O ideal é que o projeto acústico da estrutura do estádio faça com que o som propagado para o exterior atenda aos níveis de ruído permitidos por lei. Lei essa específica de cada município é baseada na norma NBR 10151 que trata do ruído em comunidades.
Mas será que o mesmo vai acontecer com um grande espetáculo musical?
É preciso levar em consideração a diferença do tipo de ruído causado pela gritaria de uma torcida e pelo som de uma música. A segunda deve ter muito mais componentes de baixas frequências, ruído grave, enquanto o som da torcida deve ter mais componentes agudos, alta frequência, que são mais fáceis de atenuar.
Quem mora em Brasília, na Asa Norte em especial, convive com problemas de ruído quando ocorrem eventos musicais no estacionamento do estádio ou próximo ao lago Paranoá. Ok, são eventos em espaços abertos não confinados em um estádio, mas mostram a capacidade de propagação do ruído a longas distâncias.
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